segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Excesso de peso

Ora aí está um dos maiores inimigos da mulher. O excesso de peso.
Pode ser mais 5 ou 10 quilinhos, mas quando é em excesso é uma dor de cabeça. Também pode ser associado a doenças ou à toma de determinados medicamentos ou mesmo após o parto, mas mesmo assim não deixa de ser desolador para quem o tem. Desolador, porque infelizmente a sociedade é para os mais magros. Assim que engordamos mais um pouco, deixamos de ter roupas giras à disposição. Quando as há são mais caras. Começamos a sentir o corpo a pedir ajuda, seja por nos cansarmos demais com coisas simples. Seja por suarmos mais, o que é desconfortável, inclusivé no verão. Seja por dores nas costas e articulações.
Enfim, ter excesso de peso é um martírio. Eu já tive algum, principalmente depois de ter o meu índio. Agora estou melhor mas a "lutar" para chegar ao meu peso ideal, não só por razões de saúde, como por razões estéticas.
Uma mulher com excesso de peso não gosta de ser lembrada que o tem. Às vezes em tom de preocupação, outras vezes em tom de "gozo". Eu fui gozada e relembrada diversas vezes, mesmo quando o meu índio nem 6 mesitos tinha. Era relembrada, muitas vezes logo no primeiro "olá" e antes dos cumprimentos habituais. Foi cruel. Deita abaixo a auto-estima de qualquer um pela repetição incansável do "Estás mais gorda!", "Vê lá se emagreces!", "Então, não desinchas?", "Estás tão forte!"... Numa insensibilidade que não lembra a ninguém.
Hoje, já estou a voltar ao que era, a passos de tartaruguinha, mas estou.
Agora vejo que quem mais me relembrava e gozava tem muito mais excesso de peso do que eu tinha na altura. Mas como sou diplomática, não lhes digo nada e nem toco nesse assunto. Mas dá vontade. Lá isso dá.
O Universo encarregou-se de mostrar a essas pessoas que aquilo que tanto julgavam voltou-se contra elas e em doses triplas.
A modos que é assim: mais um fantasma exorcisado.

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