terça-feira, 11 de maio de 2010

Papa

(Imagem retirada daqui)

O Papa lá veio por ar. Quem é que em Lisboa não ouviu os "caças" na altura em que chegou. Tive que, em vez de ir pelo Marquês já que trabalho perto da Av. Da Liberdade, dar uma volta descomunal (Largo do Rato, Estrela, Av.Infante Santo) para chegar à Ponte 25 de Abril, mas respeito as medidas de segurança.
Respeito e compreendo porque anda para aí muito maluco (Al-Qaeda, Talibãs e afins)e o senhor é um Chefe de Estado e ainda mais de índole religiosa ocidental, pelo que, todo o cuidado é pouco.
Sempre gostei muito do anterior Papa a ponto de ter chorado quando ele faleceu. Não sou muito Católica nem tão pouco praticante, mas o Papa João Paulo II falava-me ao coração, apesar de no fim já estar a "cair aos pedaços"...
Este Papa nunca me despertou nenhuma emoção, nem boa e nem má, apenas a ideia de que se distanciava dos nossos tempos, mas enfim...

Hoje, quando via a transmissão pela TV,(sim sou daquelas inimigas públicas que teve tolerância de ponto e não, não fiquei em Lisboa para o ver... não sou doida e nem tenho saúde física para tal), em determinados ângulos reparei no olhar e no sorriso dele e lembrei-me da minha avózinha. Por momentos ele teve aquele olhar perdido no tempo como ela tinha quando não sabia para onde ía, com quem ía e a que altura ía.
Cheguei à conclusão que é um engano querermos comparar o incomparável. Ele é um outro Papa e é um "velhinho" como tantos outros velhinhos que existem e existirão. Isto com todo o respeito pelos velhinhos.
Apesar daquele ar de louco, pareceu-me pelo sorriso e olhar que tem um bom coração, além de achar que é conservador demais, mas isso são pormenores!

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