sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Fumo


Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas,
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor,
beirais sem ninhos!


Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces, plenas de carinhos!


Os dias são Outonos: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...


Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
E ele é, ó meu Amor, pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos!...

Florbela Espanca
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Porque só damos o verdadeiro valor àqueles que verdadeiramente perdemos e não os poderemos reaver...
Porque não podemos voltar atrás e refazer tudo de novo... Sem erros e enganos!
Longe da vista, longe do coração mas tão presente nos pensamentos!
Porquê?
Digam-me porquê senão rebento, mas ao mesmo tempo não quero saber!
Isto não tem lógica, pois não?
Também não é para ter!
Bom Fim De Semana...

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