Gostava tanto de ser uma borboleta e voar para bem longe de mim. Gostava de me ver ao longe e perceber como sou e ver se mereço melhor do que esta vidinha que levo. Gostava de poder beijar cada flor por onde passasse livremente sem preocupações, sem pensar se estarei a fazer o certo ou o errado. Porque tudo se traduz no que é certo e errado, no que é bom e mau, no que é justo ou injusto... nesta vida antagónica e por vezes tão gelada que chega a queimar qualquer um mais sensível, tal como as asinhas da borboleta. Sinto-me numa encruzilhada e não sei bem que rumo tomar. Enquanto não tomo nenhuma opção vou sonhando em ser uma borboleta. O que já não é mau. E pode ser mesmo daquelas branquinhas mesmo, nada de grandes cores e formas. Nunca fui de dar nas vistas mesmo...